
Concessionária de serviço público mais criticada pela oposição ao governador Sérgio Cabral (PMDB), no Rio de Janeiro, por seguidas falhas na operação desde o ano passado, a SuperVia, que administra os trens urbanos na região metropolitana, recebeu propostas do pré-candidato Fernando Gabeira (PV) para melhorar seu funcionamento.
Gabeira aconselhou o presidente da empresa, Amin Alves Murad, a utilizar créditos de carbono para melhorar a capitalização e, em conseqüência, os serviços oferecidos. Ele lembrou que a empresa tem superávit neste critério, pois os trens não são poluentes.
O pré-candidato verde também sugeriu que 90 novos trens encomendados sejam recebidos de uma só vez, em vez de em três pacotes de 30, para acelerar a modernização da frota. Isto, no entanto, dependeria do tempo de fabricação dos trens, que nem sempre pode atender à velocidade da demanda.
Um tom mais agressivo é adotado por outro pré-candidato de oposição, o ex-governador Anthony Garotinho. Ele classificou como "incompetência premiada" a autorização dada pela Agetransp (Agência Reguladora de Transportes) para que o governo estadual prorrogasse a concessão da empresa por mais 25 anos, enquanto ela era multada em R$ 150 mil por agressão de seguranças a passageiros - registrada por câmeras de TV em abril do ano passado.
Na defensiva, o governador Sérgio Cabral disse que iria "puxar a orelha" das concessionárias sempre que fosse preciso, após outro incidente, em janeiro, quando um trem deu a partida por um erro técnico e circulou entre duas estações sem maquinista. Entretanto, ele acabou renovando a concessão, enquanto anunciava a compra do primeiro pacote de 30, entre os 90 novos trens encomendados para a SuperVia.
Até o pré-candidato à Presidência José Serra atacou o serviço, administrado pelo governo estadual. Em visita, na última quarta-feira (26) a Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense por onde passa um ramal de trens da SuperVia, ele classificou como "ridícula" a multa de R$ 150 mil, além de defender a transformação dos trens urbanos em metrô de superfície, utilizando a malha ferroviária já existente, a exemplo do que vem sendo feito na Grande São Paulo.
Fonte: Terra
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