
Jovens que vendem drogas 'no asfalto' são freelancers que compram em favelas, mas repudiam violência, revela estudo de antropóloga
O tráfico de drogas entre jovens de classe média no Rio é amador, desorganizado, baseado em relações de amizade e feito por consumidores que se tornam traficantes. Entre inúmeras diferenças para as quadrilhas das favelas, os vendedores de drogas do “asfalto” são empreendedores individuais que se associam pontualmente, e condenam o uso da violência em seus negócios.
Essas são conclusões da antropóloga Carolina Grillo, autora do trabalho “Fazendo o doze na pista: um estudo do mercado ilegal de drogas na classe média” e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana, da UFRJ.
De alguma maneira, o perfil desses jovens se assemelha ao de João Guilherme Estrela, o protagonista do livro e do filme “Meu nome não é Johnny”. Para Carolina, apesar das diferenças de geração – Estrela atuou nos anos 80 – há muitas semelhanças na atuação, embora Estrela tenha sido “mais profissional”, na sua opinião. “Não cheguei a conhecer pessoas que tenham se profissionalizado.”
Fonte: Último Segundo
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