quinta-feira, 17 de junho de 2010

Justiça cassa mais da metade de vereadores de São José do Vale do Rio Preto

Stanislaw Ponte Preta contava em seu FEBEAPÁ (Festival de Besteiras que Assolam o País) que durante a ditadura um jornalista de uma pequena cidade do interior do Rio de janeiro sofreu ameaça de prisão por ter dito no jornal que "metade da câmara de vereadores da cidade é composta de ladrões".

O delegado da cidade disse que ia prendê-lo se não fizesse uma retificação, e ele o fez, no dia seguinte a manchete do jornal era:


"Metade da câmara da cidade NÃO é composta de ladrões", o delegado aceitou a retificação e não prendeu o jornalista.

Pelo visto sabemos de que cidade Stanislaw falava: São José do Vale do Rio Preto.


Cinco vereadores da Câmara municipal de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio, tiveram os mandatos cassados pela 17ª Vara Cível do Tribunal de Justiça, por uso indevido de dinheiro público. A decisão, de 2ª instância, cabe recurso. Além desses, outros cinco políticos que já foram vereadores do município, mas não exercem mais o cargo atualmente, também tiveram seus direitos políticos cassados.

A Câmara de Vereadores de São José do Vale do Rio Preto tem atualmente nove vereadores, segundo informações da própria Câmara.

A ação, movida pelo Ministério Público, acusa os políticos de firmarem contrato com um posto de gasolina, também condenado na sentença, para o fornecimento de 6 mil litros de gasolina por mês e 24 litros de óleo lubrificante, além da prestação de serviços de lavagem geral mensal para 12 veículos, dentre eles alguns de propriedade de funcionários do município e da Câmara, de empresas particulares e de igrejas. De acordo com o TJ, o combustível teria sido utilizado para fins pessoais, causando prejuízo aos cofres públicos.

Além do posto de gasolina, foram condenados: o presidente da Câmara, Ivo da Gama Pires, Janir Ferreira de Oliveira, Clauviano Mendes de Souza, José Ricardo Martins Vieira, Luis Romeu Souza de Oliveira, Manoel Figueiredo Sobrinho, Paulo José de Oliveira, Rubens de Carvalho, Sebastião Célio Ferreira e Sérgio da Serra Martins Oest Filho.

Entretanto, apenas cinco dos 10 acusados ainda estão no cargo atualmente. São eles: Ivo da Gama Pires, Paulo José de Oliveira, Sebastião Célio Ferreira, Luis Romeu Souza de Oliveira e Rubens de Carvalho.

Fonte: G1

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