
O papel na mão do servente Jorge Borges cria um contraste c
om sua casa, que, interditada pela Defesa Civil desde abril, parece escapar entre seus dedos. O documento, um auto de interdição do imóvel, serve para que Jorge e mais cem famílias do Morro do Borel sejam incluídos no programa Aluguel Social. Este, porém, ainda nem chegou às mãos de grande parte deles.

Só agora os desabrigados pelas chuvas de abril que ficaram em casas de parentes ou permaneceram nos imóveis interditados estão sendo assistidos pela subprefeitura da Tijuca. Na última terça-feira, 11 moradores receberam os cheques do programa, o que não diminuiu a desconfiança dos moradores:
— Eu e a minha mulher estamos na casa de minha avó, não aguentamos mais esperar e ficar desse jeito — criticou Jorge, ao lado da casa despedaçada, prestes a cair em um precipício onde, em abril, morreram três moradores do Borel.
Segundo a presidente da Associação de Moradores do Borel, Roberta Ferreira, os moradores fizeram uma manifestação na última segunda-feira, em frente ao Ciep Antoine Magarinos, para pedir mais rapidez na concessão dos aluguéis sociais. A prefeitura teria afirmado que, até a próxima quinta-feira, solucionaria o atraso.
Fonte: Extra Online
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