domingo, 23 de maio de 2010

Rotina de risco para homens antibombas no Rio de Janeiro pacificado de Sergio Cabral


A última vez que eu vi esta vestimenta antibombas foi no filme "Guerra ao Terror" que se passa no Iraque durante a ocupação americana, nunca iria imaginar ver isso num país que não está em guerra e principalmente num estado em que o governador Sergio Cabral diz que está pacificado.

O Rio de Janeiro era o estado do mar e das montanhas hoje é o estado do C4 e das granadas.

Rio - 'Armado’ apenas com uma roupa antifragmento — que pode não ser suficiente para protegê-lo caso algo dê errado —, ele vai em direção ao artefato e agacha-se diante do explosivo deixado por criminosos. Precisa desativá-lo o quanto antes ou detoná-lo em segurança. A cena se parece com muitas do filme vencedor do Oscar ‘Guerra ao Terror’, mas é o cotidiano de agentes do Esquadrão Antibombas da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil.

Por ano, esses 34 especialistas desarmam 100 explosivos — dois por semana — deixados em vias públicas e favelas do Rio. Assim como os militares americanos, que ficam sob a mira dos rebeldes no Iraque, os agentes do esquadrão são alvo de traficantes enquanto trabalham. Nos dois casos, experiência, técnica e sangue frio são fundamentais. “Com explosivo, só se erra uma vez. O trabalho tem que ser preciso e exige calma, apesar de o tempo não estar a nosso favor”, explica o inspetor Luiz Fernando Tinoco, 15 anos de esquadrão e mais de 1.500 explosivos desarmados, que se reconheceu ao assistir ao filme americano.

Para minimizar os riscos, os especialistas contam com a ajuda valiosa de equipamentos de segurança e com cursos de atualização dos conhecimentos. Para ingressar no Esquadrão Antibombas, o policial precisa ter, no mínimo, três cursos: básico de explosivos, avançado e o técnico de explosivos.

“Assim como os artefatos estão cada vez mais complexos — ou adaptados, no caso dos caseiros —, as técnicas também precisam ser expandidas. Sempre investimos em cursos avançados no exterior, em países como Colômbia, Alemanha e Estados Unidos”, conta o inspetor Cassiano Martins Filho.

NOVAS TECNOLOGIAS

A bomba colocada no carro do contraventor do jogo do bicho Rogério Andrade, em abril, no atentado em que morreu seu primogênito, por exemplo, era um alto explosivo — com capacidade de destruição em velocidade média de 7.000 a 8.000 metros por segundo — que foi acionado por telefone celular. Em 40 anos de esquadrão, até então, só houve uma outra bomba com as mesmas características.

Devido ao episódio, a polícia está comprando um bloqueador de frequência. Usado pelo exército britânico na guerra do Iraque, o equipamento bloqueia, num raio de 500 metros, telefones celulares e fixos, aparelhos de controle remoto e transmissões de rádio. Até o fim do ano, o bloqueador e um detector de radiação já estarão em uso pelo Esquadrão Antibombas. Para a Copa do Mundo de 2014, a expectativa é a de que as vestimentas especiais e aparelhos utilizados sejam renovados.

Fonte: O Dia

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