domingo, 13 de junho de 2010

Gatunagem do PMDB de Pedro Simon e Ibsen Pinheiro contra o Rio corta 60 mil empregos


Macaé era uma cidade média antes do boom da exploração do petróleo, a partir de 1974 quando a Petrobras começou a exploração a cidade dobrou de tamanho várias vezes, aumentando a demanda por serviços de infra-estrutura, saúde, segurança, etc. Os royalties ajudam cidades como esta a manter as coisas funcionando.

Desempregado, Renato dos Santos Pereira teme pelo aumento da violência no Rio | Foto: Fábio Gonçalves / Agência O Dia

Vimos agora no Golfo do México um gigantesco desastre ecológico causado por exploração de petróleo em águas profundas, se um desastre desses acontece no Rio de Janeiro, cidades como Macaé e Campos que irão sofrer com a situação.

Esta decisão de garfar os estados produtores é puramente eleitoreira, e por outro lado os políticos que a apoiam já estão pensando em como vão gastar esta nova verba que pertence ao Rio de janeiro.

O estado do Pará recebe royalties pela exploração de minério de ferro de Carajás, é natural que receba, são eles que tem de lidar com os danos ambientais e manutenção de toda infra-estrutura do entorno das áreas de exploração de minério, penso que eles não achariam justo dividir estes royalties com o Rio de Janeiro.

Esperamos que o presidente Lula interceda a nosso favor contra esta gatunagem e que o povo do Rio lembre no dia da eleição que o PMDB apoiou firmemente esta medida.


Rio - O assalto aos recursos do Rio feito pelo Senado na madrugada de anteontem já está forçando a revisão de importantes planos de investimento no estado. Com a redução de R$ 7,3 bilhões das receitas do governo estadual e das prefeituras com royalties de petróleo, só em obras públicas serão cortados 60 mil empregos diretos. O estrago se completa com outros entraves: a dívida com a União não poderá ser paga, a recuperação do meio ambiente ficará para trás e servidores terão salários congelados. A economia do estado entrará em recessão.

As perdas para o Rio não se limitariam à redução da massa salarial de servidores. Com estado e prefeituras quebrados, empresários ficariam temerosos em fazer investimentos aqui. “Os royalties são fundamentais para que o estado e os municípios toquem obras de infraestrutura, urbanização e construção de casas populares. As receitas tributárias são incompatíveis com a atração de pessoas que o petróleo acarreta. Isso tudo afetaria a atratividade de investimentos do estado”, avaliou o gerente de Infraestrutura e Novos Investimentos da Firjan, Cristiano Prado.

Justamente essas obras estruturantes é que seriam as primeiras afetadas pelo corte de recursos. Segundo o secretário estadual de Trabalho, Ronald Ázaro, cerca de 60 mil empregos diretos que seriam gerados em intervenções públicas só nos próximos dois anos virariam pó. Nesse quadro dramático, a capacitação de mão de obra para as Olimpíadas de 2016 também ficaria comprometida. “São investimentos que já estavam certos e terão que ser cancelados. Já os efeitos na iniciativa privada, eu não quero por enquanto nem pensar”, afirmou o secretário.

Fonte: O Dia


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