
Para ela, tortura psicológica pode ter sido pior do que a física. TJ vai decidir, na terça (18), se acusada aguarda julgamento em liberdade.
A promotora de Justiça Carla Araújo de Castro, que denunciou a procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant’ Anna Gomes, 66 anos, acusada de agredir a menina de dois anos que estava sob sua guarda provisória, acredita que a tortura psicológica que a criança sofreu pode ter sido pior do que a física.
“A cada vomitada da menina ela era forçada a tomar mais um copo de leite. A menina vomita, bebe; vomita, bebe. Isso é uma coisa muito séria. Talvez seja até mais sério do que a agressão que mostra a foto dela com os olhos machucados”, afirma a promotora, em seu primeiro desabafo em uma entrevista.
“Causa muita estranheza o que leva uma pessoa a procurar uma adoção, a se submeter a um processo de adoção, que não é simples, que não é rápido, para conseguir ter a guarda de uma menina e maltratá-la”, acrescenta a promotora. “Eu espero que ela não seja solta.”
A procuradora aposentada se apresentou à Justiça na quinta-feira (13), depois de ficar oito dias foragida. Vera Lúcia Gomes está no Presídio Nelson Hungria, o Bangu 7, uma unidade feminina. Ela divide a cela com nove detentas - a maioria presa por tráfico de drogas.
Fonte: G1
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